26 de outubro de 2014

CPMI da Petrobrás e as acusações da delação premiada



Nos últimos dias vimos os jornais desfilarem acusações dos delatores Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, e Alberto Youssef comprometendo dezenas de políticos da base aliada governo federal por receberem desvios de dinheiro de contratos super faturados da Petrobrás desde 2006.
Deve ser garantida a autonomia do Ministério Público Federal e da Polícia Federal para que todas as acusações sejam apuradas e que os responsáveis sejam punidos.
Neste momento, toda e qualquer colocação da mídia e até mesmo dos parlamentares a frente da CPMI deve ser vista
com reservas, pois há muitos interesses políticos de grandes grupos empresariais, que pode-se dizer, estão habituados a mandar no Brasil e fazer tudo que bem entendem.
Nossa categoria tem sido diretamente lesada por todos estes desmandos da má gestão da Petrobrás que, como patrimônio do povo, deve ser preservada.
Este momento de escândalo deve servir de impulso para um novo modelo de gestão da companhia, a começar pelo fim da indicação política dos cargos de gestão sem muitas vezes pesar o conhecimento técnico, liderança, competência e experiência. Usada principalmente como moeda de troca e para desmobilizar a categoria, a gestão da Petrobras tem feito inúmeras indicações abrindo vários novos setores para garantir a satisfação dos aliados que acobertam irregularidades e boicotam o movimento legitimo dos trabalhadores.
Indicações como a do próprio Paulo Roberto Costa que foi o grande responsável pela demissão de vários diretores sindicais da greve de 1995 e responsável pela perseguição implacável a dezenas de lideranças da Bacia de Campos, e que na gestão do governo do partido dos trabalhadores chegou a diretor da Petrobrás, mesmo com este histórico.
Esta empresa pode muito mais, mas precisa sair das mãos de quem quer apenas se dar bem!

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