18 de janeiro de 2015

Negligência em SMS gera mais um acidente da RELAM , segunda maior refinaria do país


Através de denúncia de trabalhadores, tomamos conhecimento de uma explosão no Vaso 3818 de hidrogênio da U-38 da RELAM. Durante um serviço em espaço confinado, no início da tarde desse domingo (18/01). a explosão lesionou gravemente 3 trabalhadores que estão internados no Hospital de Medicina Humana (Antiga UME) em Candeias. 

O caldeireiro da empresa Victória (José Adailton) está em estado grave com queimaduras em 70% do corpo e fratura exposta na perna esquerda; Jonas Leal, também  caldeireiro da Victória,  teve queimaduras em 25% do corpo, e uma observadora da empresa Potencial  Jucineide de Jesus, teve queimaduras em 10% do corpo (rosto) e corte na cabeça. A explosão, além do fogo, gerou deslocamento do ar que projetou os trabalhadores e a trabalhadora contra outras estruturas.

Segundo informações a serem confirmadas, o vaso estava aberto desde o dia 15/01 e outro serviço já tinha sido realizado, antes.

O Sindipetro Bahia, Siticcan, Petrobrás, Victória e Potencial ainda não se manifestaram oficialmente sobre o acidente. 

Esperamos o melhor atendimento médico para as vítimas, atendimento psicológico e social às famílias e participação representativa da CIPA e dos sindicatos na Comissão de Investigação e Análise desse grave acidente.

O MTE e MPT, também, estarão sendo informados de mais esse trágico acidente da RELAM e com certeza haverá a responsabilização civil e criminal daqueles que expuseram essas vidas humanas aos riscos existentes e a essa tragédia.

Talvez, esse seja o fruto das paradas de manutenção com prazos exíguos e extensas jornadas de trabalho impostas para aqueles e aquelas que vendem sua força de trabalho.


Outros acidentes assombraram os trabalhadores da RELAM nos últimos dias


"Na última 4ª-feira, devido à queda de energia em boa parte da refinaria, provocada por um curto circuito em um importante painel de energia, unidades importantes da RLAM, como a U-6, U-34, U-18, U-23/24, e U-30 sofreram consequências, com desarmes de máquinas, equipamentos e  instrumentos de segurança.

No caso da U-30, essa queda de energia provocou problemas no sequenciador dos absorvedores, bloqueando todo o sistema e pressurizando a linha de querosene. Como uma válvula de segurança (PV-30043) não funcionou perfeitamente, a PSV-30043 foi acionada, mas como seu fole estava furado, vazou querosene em alta temperatura para a atmosfera, ocasionando incêndio no local."*

Outro incêndio, ocorreu também nesta última semana da U-32.


PROCOP, PIDV e treinamento relâmpago dos recém concursados são as grandes causas destes acidentes

A política de SMS adotada pela Petrobras nos últimos anos cortou gastos, permitiu a diminuíção dos treinamentos essenciais, descumpriu inúmeras normas técnicas e de segurança, fraudou certificações e por último, retirou os trabalhadores mais experientes através do PIDV.

As decisões tomadas comprometeram gravemente a integridade das unidades industriais e também a capacidade da força de trabalho que se formou sob a ótica de produzir a qualquer custo, sob os desmandos  das chefias.

Cobramos das entidades sindicais que sejam apuradas as responsabilidades e que as verdadeiras causas dos acidentes sejam sanadas.

E que nenhum trabalhador mais seja vítima desta política cruel e massacrante!

*fonte Sindipetro BA

13 de janeiro de 2015

Todo apoio ao companheiro Lucas Ferreira, candidato ao CA da Transpetro




O companheiro Lucas Ferreira é o candidato mais bem preparado e alinhado com os interesses da categoria. Diretor do sindipetro RJ, Coordenador da Secretaria dos Trabalhadores das Empresas Terceirizadas em primeiro mandato, sempre se organizou em sua base através do grupo Novos Rumos, se elegeu para a CIPA da sede por vários mandatos e hoje é conhecedor das dificuldades e bandeiras dos terceirizados, dos trabahadores dos terminais, navios e demais unidades da Transpetro.
Aberto ao diálogo, se propõe  a conversar com todas as bases para levar suas demandas ao CA.
Ciente das dificuldades e limitações do cargo de representante dos trabalhadores no CA, se propõe a ser porta voz da categoria e também seus olhos e ouvidos, informando as bases sobre as decisões do CA.

Até as Comissões de Benzeno foram fatiadas entre os aliados da Articulação do PT


Militantes históricos das comissões de benzeno repudiaram a indicação de coordenadores das bancadas dos trabalhadores na Bahia e no Rio de Janeiro.
Desde a criação da Comissão Nacional do Benzeno, as bancadas dos trabalhadores das comissões regionais e estaduais tiveram autonomia para indicar entre os participantes seus coordenadores.
Mas neste ano, a CUT resolveu nomear membros externos às comissões e sem histórico de militância ou conhecimento para ocupar o cargo. Numa reunião convocada às pressas, empossaram os novos coordenadores e alteraram os regimentos internos para permitir o novo formato de indicação.
Militar em defesa do reconhecimento da exposição do benzeno e de suas implicações não é tarefa fácil e demanda bastante estudo e conhecimento. O acordo nacional tem mais de 20 anos e a bancada patronal se nega a cumpri-lo na integra, lutando sempre para aprovar retrocessos, como a implantação de um limite de tolerância, mesmo sabendo que o benzeno é tóxico em níveis baixíssimos e que há comprovação do adoecimento dos trabalhadores expostos a pequenas concentrações e por curtos períodos.
 
Novos coordenadores não se importam com a rejeição dos membros históricos e se candidatam a eleição do CA
 
Deyvid Barcelar na Bahia e Cláudio Nunes  no Rio de Janeiro foram questionados na primeira reunião em que se apresentaram como novos coordenadores, sem que os demais membros da bancada soubessem e participaram da alteração dos regimentos internos das comissões.
Barcelar é o novo coordenador do Sindipetro Bahia, mas na verdade forneceu ao Paulo Cesar - PC, ex-coordenador, uma procuração ad eternum que possiilita ao PC atuar como representante legal do Sindipetro BA em toda e qualquer instancia até o fim do mandato. Não passando de um laranja do PC, teria concordado em troca de ser indicado a Comissão do Benzeno e de concorrer como candidato da FUP ao CA da Petrobras?
Prova disto, são as assinaturas do PC no último acordo coletivo e sua presença nas audiências do dissídio da RMNR.
 
Candidato ao CA da Transpetro, Cláudio Nunes, o novo diretor do Sindipetro NF e da FUP, teria conhecimento suficiente para desbancar outros militantes que acompanham a décadas as discussões do benzeno nas esferas regionais e nacionais?
Quando assumiu a vice-presidência da CIPA do Terminal de Cabiúnas em fins 2010, sendo o 3° suplente eleito, numa reunião até hoje não esclarecida, devido a ausência de todos os outros 3 titulares eleitos, Cláudio passou a representar a CIPA na Sub-comissão do benzeno e acabou abrindo mão de todos os avanços conquistados pela CIPA até então.
A maioria das lideranças de Cabiúnas apoiaram a chapa de oposição. Será que a indicação à Comissão Estadual de Benzeno do RJ e a direção da FUP foram a forma de garantir que ele estivesse ao lado da direção nas eleições?
 
De qualquer forma, a indicação de membros pelas centrais sindicais, no caso a CUT, sem o acúmulo de discussão e conhecimento suficientes só trará prejuízo aos trabalhadores que lutam para ter o reconhecimento da exposição ao Benzeno.
Este agente perigoso que precisa ser controlado para evitar o adoecimento de milhares de trabalhadores merece ser acompanhado por representantes legítimos e comprometidos com a causa. A comissão não pode ser usada pela Articulação do PT, que insiste em fatiar todas as instituições para angariar apoio.
 
A saúde dos trabalhadores é algo inegociável!
 
Repudiamos as indicações dos coordenadores e exigimos a restauração dos regimentos internos anteriores que atendiam em sua forma original, os anseios dos trabalhadores.
 

Primeiro ano do regramento da PLR e a Petrobrás descumpre o prazo


 
Num acordo assinado contrariando a legislação que prevê o prazo máximo de 2 anos, tivemos a assinatura ilegal para 5 anos.
Começam por aí os absurdos do acordo anunciado como excelente pela outra federação.
E já no primeiro pagamento do adiantamento, a Petrobras demonstra todo seu respeito pelo que foi assinado e proposto por ela própria, e descumpre o prazo para anunciar valores e depositar o adiantamento.
É questão de tempo para toda a categoria descobrir que a assinatura do regramento foi mais um golpe da FUP, pois sem dúvida alguma, independentemente os resultados e lucros da empresa teremos a pior PLR dos últimos anos.
Ludibriando a categoria sem defender os aumentos reais no salário básico para evitar o repasse dos aumentos aos aposentados e pensionistas não-repactuados, sem defender o pagamento de salários mais justos e PLR aos terceirizados, segue a federação garantindo benesses para os seus através destes esquemas de corrupção apontados pelas investigações do petrolão.
A FUP toma o caminho de defender o pagamento antecipado do 13º salário para acalmar as contas dos trabalhadores que se endividaram contando com o adiantamento da PLR. A FNP numa decisão mais acertada, exige o pagamento do mesmo valor do adiantamento do ano passado. Leia do site da FNP
Nós da Oposição Independente sempre fomos contra a aprovação deste regramento devido a dificuldade de acompanhar as contas da compania, da implantação de metas inalcançáveis e a defesa da linearidade que não foi contemplada neste acordo .
Agora vemos os acionistas estrangeiros processando a companhia por que esta "omitiu" informações de desvios e prejuízos em suas contas.
Nas vésperas da aprovação do regramento, denunciamos que os representantes dos acionistas minoritários reclamavam junto ao Conselho de administração da falta de transparência nas contas da Petrobras.
E quem somos nós trabalhadores, para conseguir lisura por parte da alta gestão da companhia?
Nós somos a parte mais fraca, a parte que no dia-a-dia tem sentido na pele as negligências com nossa saúde, integridade física e demais necessidades. A parte que tem sofrido assédio moral, perseguição e limitação de atuação técnica...
Onde estávamos com a cabeça quando aprovamos um regramento baseado nas informações que a Petrobras quiser passar?
A quem interessa que este acordo fora da nossa capacidade de mobilizar e de forçar melhores valores? Porque o Sindipetro NF e a FUP insistem em nos induzir a crer que este acordo ilegal é bom para todos nós?  
Porque defender a antecipação do 13° ao invés da PLR? A quem isso beneficia?
A PLR não é um direito legal, é uma conquista da categoria! Conquista essa que nos diferencia da maioria das categorias.
Vamos deixar que aconteça mais essa retirada? Ao invés de ampliar aos terceirizados, vamos permitir o recuo de valores?
Precisamos urgentemente rever este acordo assinado e retomar a luta pela pauta histórica: PLR para todos, linear e máxima!