15 de setembro de 2016

Sindicato é Sindicato; Partido é Partido! Pela UNIDADE CLASSISTA PETROLEIRA


A Prática da luta diária pelos avanços e conquistas da classe trabalhadora nesses 13 anos em que majoritariamente o PT – Partidos dos trabalhadores e demais aliados do campos da esquerda como o PC do B, etc. Estão no poder, acabou por revelar entre outras questões a realidade fática sobre um debate tão antigo quanto o próprio sindicalismo que é a independência e autonomia sindical frente ao patrão e governo. Sempre existiram críticas ao atrelamento dos sindicatos aos partidos e governos o que sempre foi consentido com o argumento de que precisávamos atingir os cargos do parlamento para fazer uma defesa efetiva contra o capital, burguesia e governo.
FUNCIONOU ATÉ CHEGARMOS AO PODER….
Considerando a criação da CUT – Central Única dos Trabalhadores que é a maior do Brasil e o reconhecido braço sindical do PT, nos governos Figueiredo, Sarney, Collor, Itamar, FHC vimos uma ascensão deste modelo onde abertamente o sindicalismo usava a estrutura financeira e geral dos trabalhadores para elegermos quadros de vereadores, deputados, estaduais, federais, prefeitos, etc para disputar o Poder com a burguesia e isso nunca deixou de ser contestado e os críticos execrados, banidos e perseguidos.
Após 2003, vemos uma dicotomia nos avanços da classe trabalhadora onde os numerosos ex-sindicalistas já empoderados nos cargos de Presidente da República, governadores, ministros,parlamentares e executivos em todas as instâncias  se voltaram agora a um “PROJETO DE GOVERNABILIDADE”, onde as fatídicas frases se repetem: “o trabalhador tem que entender que governamos para o Brasil…as nossas responsabilidades são maiores…”
Esse é o 171 e a senha para a retirada de direitos e para não se aprovar avanços para trabalhadores e aposentados vide a atuação covarde e vergonhosa da “bancada sindical e da esquerda” que votou as MP-664, 665, contra o fim do Fator Previdenciário, pela cobrança dos inativos etc.

CONFLITOS DE INTERESSES DO PARTIDO POLÍTICO X SINDICATO.
Existe um princípio físico de que “A FORÇA MAIOR CESSA OU ANULA A MENOR” e na política nunca foi diferente. Se avaliarmos a que fim se destinam um SINDICATO e um PARTIDO POLÍTICO se estabelece claramente as contradições, enquanto o SINDICATO deve ser um instrumento democrático, popular, independente para os avanços do trabalhador e da luta de classes, o PARTIDO POLÍTICO, segundo a brilhante definição de Edmund Burke, visa O PODER e a MANUTENÇÃO DO PODER! Algo muito maior que os interesses da classe trabalhadora e plenamente capaz de justificar a mudança de paradigmas de luta de sindicalistas quando almejam chegar a cargos executivos, legislativos,conselhos etc. E a prática disso foi a cumplicidade do movimento sindical petroleiro governista com o patrão e governo para a retirada de vários direitos dos petroleiros como citamos: não mais questionaram a inclusão de PAI/MÃE na AMS,abandonaram a luta pela APOSENTADORIA ESPECIAL e aparelharam a CNPBZ,abandonaram a pauta histórica,a defesa do PETROS-BD para todos (as), a PLR MÁXIMA E LINEAR,os aumentos apenas no SALÁRIO BÁSICO, ignoraram o fechamento do PETROS-BD e aplaudiram a criação de um PETROS-2, plano inferior para os novos e criando uma desigualdade de direitos previdenciários, massacraram os aposentados e pensionistas com os níveis do ACT de 2004/2005/2006, PCAC-2007, RMNR, REPACTUAÇÃO, SEPARAÇÃO DE MASSAS Etc. A prova de tudo isso se resume a termos milhares de ações na justiça para tentar recuperar parte dos direitos retirados pelos governos FHC,LULA E DILMA,cujas lógicas de poder e governabilidade excluem naturalmente os avanços da classe trabalhadora.
AUTO-CRÍTICA, RECONHECIMENTO DO CAOS E RECONSTRUÇÃO.
Está posto um problema gigantesco de perda de credibilidade da nossa representação e vulnerabilidade da defesa dos direitos da classe trabalhadora e só ao trabalhador cabe resgatar as suas entidades, hoje centrais, federações, sindicatos, via de regra pertencem a grupos políticos e não mais ao trabalhador, que não se vê nessa estrutura que embora sirva de todas formas a partidos, precisam para continuar existindo do SEU VOTO! e apenas crítica não resolve, pois a máquina publicitária hoje aplicada para propaganda sindical é cara e profissional pegando os trabalhadores desatentos e transformando grandes derrotas em “VITÓRIAS DA CATEGORIA..”
SE OS TRABALHADORES IGNORAREM ESSES GRAVES PROBLEMAS PAGARÃO MUITO CARO JUNTAMENTE COM AS SUAS FAMÍLIAS.
O PETROLÃO e todo o aparelhamento político e sindical da PETROBRÁS e PETROS está deixando um grande estrago nas entidades que defendemos e que respondem pela nossa sobrevivência, o PNG-2015 sinaliza uma redução de investimentos de 37% correspondendo a inicialmente desinvestimentos de 102 Bilhões e no caso da PETROS de onde saíram demissionários vários ex-sindicalistas investidos nos mais altos cargos, se vislumbra segundo a mídia déficit que já perdura por dois anos na monta de mais de R$ 6 Bilhões,o que assusta e compromete o futuro da família petroleira.
SE SERVIR DO SINDICATO,  E NÃO SERVIR À CATEGORIA!
Essa é a realidade inexorável nos últimos anos! O Trabalhadores bancam campanhas e candidatos que são IMPOSTOS pela visão autoritária e ditatorial dos partidos, centrais sindicais, federações etc. Precisamos resgatar a DEMOCRACIA OPERÁRIA, precisamos resgatar o sindicalismo e a Unidade petroleira tem que ser CLASSISTA e não com fins meramente político-partidários.
Propomos o desatrelamento partidário das entidades pagas com o suor do trabalhador, o fim do SINDICALISTA PROFISSIONAL que passa até 30 anos fora do ambiente de trabalho e não sente as mesmas dificuldades dos demais  trabalhadores, os estatutos tem que regrar no máximo dois mandatos, transparência total e on-line das contas sindicais, devolução e fim  do Imposto Sindical, respeito ao pensamento político individual desde que não colida com os princípios classistas e inviabilize a luta operária.
Ou seja: ao eliminarmos as condições e facilidades de uso do aparato via sindicato para os alpinistas políticos, só ficará no sindicato os colegas que estiverem vocacionados para fazer a luta classista dentro de princípios históricos como: direitos não se vendem, solidariedade classista, independência e autonomia de governo, partido e patrão etc.
O Processo de reconstrução e resgate do sindicalismo petroleiro é uma construção coletiva a ser feita não por capas-pretas ou “falsos iluminados” impostos e incensados por partidos políticos, centrais, federações, sindicatos etc. Mas por cada um trabalhador e trabalhadora, aposentados e pensionistas  que enxergue a importância de defender a PETROBRÁS, PETROS E O SEU EMPREGO COM CONDIÇÕES SEGURAS E DIGNAS DE TRABALHO e os APOSENTADOS E PENSIONISTAS QUE PRECISAM ESTAR A CADA DIA VIGILANTES PARA A MANUTENÇÃO DOS SEUS BENEFÍCIOS E TAMBÉM A RETIRADA DOS DIREITOS PACTUADOS COM A PETROS.
É Cada vez mais atual a frase:” O preço da liberdade é a eterna vigilância”.  Você não se sindicalizar, não influenciar as decisões da categoria em assembléias, plenárias, eleições, não exercitar a democracia, aceitar verdades e pacotes prontos  e não fiscalizar as entidades só dá espaço a que grupos organizados político-profissionais decidam por nós e dentro das conveniências políticas e pessoais deles, o que propomos é que a categoria venha junto construir coletivamente uma nova representação desatrelada dos vícios que fizeram as atuais perderem a credibilidade junto aos trabalhadores e que dignifiquemos  a categoria petroleira,colocando-a num patamar não limitado e restrito aos interesses partidários e governamentais atuais. Somos uma das mais importantes categorias do Brasil.

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